Categoria: Historiografia
Imagem: John Wycliffe entregando a tradução da Bíblia aos padres lolardos - William Frederick Yeames/Wikipédia
Publicado: 19 de Maio de 2017, Sexta Feira, 02h31
Neste ano de 2017 comemora-se os 500 anos da chamada Reforma Protestante, ocorrido no século XVI e exaltada em versos e prosas pelas chamadas Igrejas Históricas e/ou Protestante. Todavia, são muito poucos aqueles historiadores e teólogos destas denominações, provenientes daquele movimento original, que realmente colocam o dedo nas feridas abertas que tanto dilaceraram e transformaram a Igreja Cristã em uma instituição moribunda na Idade Média.
Mesmo quando se referem aos personagens centrais dos movimentos, como Lutero, Calvino, Zwinglio e outros, mas principalmente quando se lembram dos reformadores que os antecederam, mormente denominados de pré-reformadores, nomenclatura equivocada e reducionista, pois todos eles foram tão reformadores quanto seus pares posteriores, os estudiosos se utilizam apenas de partes de suas propostas e ideais que lhes convém para manterem seus atuais pressupostos teológicos eclesiásticos, descartando tudo que não se encaixa em seus pressupostos teológicos eclesiológicos.
Aguardo ansioso encontrar entre todas as plumas e paetês que serão produzidos no transcorrer deste ano para comemorar essa data expressiva de 500 anos, artigos, livros, debates, conferências e quaisquer outras atividades afins, que realmente tragam à luz as críticas veementes que foram produzidas por estes homens e mulheres que estiveram prontos a darem suas vidas em favor de uma Igreja Cristã bíblica – não apenas no que lhes convinha – mas bíblica em todos os sentidos. Uma Igreja Cristã que verdadeiramente expressasse a mensagem poderosa e transformadora do Evangelho de Jesus Cristo – não de seus próprios evangelhos. Uma Igreja da qual eles poderiam declar em alto e bom som – é uma Igreja Cristã!!
Se John Wycliffe[1] ressuscitasse hoje e visse a realidade da Igreja atual, certamente chegaria à conclusão que ainda estaria no século XIV ou XV. Quando seus escritos e suas pregações são examinados, não selecionadamente, mas integralmente, verifica-se que muitas de suas críticas e propostas nunca de fato foram acatadas e colocadas em pratica por seus companheiros reformadores dos séculos posteriores. Mesmo após 500 anos da grande Reforma Protestante, a mensagem e as críticas levantadas por Wycliffe continuam aguardando serem contestadas ou praticadas, mas certamente continuam no limbo do silêncio onde foram colocadas durante todos esses séculos.
Nesse pequeno espaço vou me esforçar por sintetizar um de seus pontos mais críticos e por isso menos atrativo para a cristandade de seus dias e posteriores – a Crítica à Igreja Institucionalizada.
John Wycliffe (1330-84) foi um dos mais importantes e influentes pensadores da Idade Média. Sua atividade está no período crucial da escolástica tardia, quando as novas ideias e doutrinas ali propostas aceleraram a transição para o modo de pensar moderno. Por ter o privilégio de conviver grande parte de sua vida em um ambiente universitário, aluno, professor e doutor em teologia na Universidade de Oxford, Wycliffe reuniu todas as condições que lhe permitiam uma visão privilegiada bem como a possibilidade de uma produção abundante, além de estar acercado de amigos com os quais compartilha suas ideias e um público avido de ouvir suas propostas – os alunos da academia. Para uma bibliografia de suas obras em latim e inglês recomendo o excelente trabalho de doutorado em História Social de Leandro Villela de Azevedo, conforme referências bibliográficas no final deste artigo.
Diante de tantos escândalos e deturpações que a Igreja Cristã de seus dias enfrentava, Wycliffe foi cada vez mais chegando à conclusão de que a genuína Igreja de Cristo não era e não poderia ser expressa na Igreja Institucional, fosse o nome que recebesse – que em seus dias era a Igreja Católica Romana, mas hoje certamente se multiplicam aos milhares.
Seu ponto de partida foi o poder absoluto que as lideranças eclesiásticas exerciam sobre a vida das pessoas. Quanto mais estudava os textos bíblicos mais se indignava com as atitudes megalomaníacas dos líderes da igreja institucional. Para combater esse conceito eclesiástico de poder centralizador ele vai resgatar e reafirmar a realidade de que Cristo e somente Ele é o centro de todas as coisas, o único e legitimo Cabeça da Igreja Cristã.
Na media em que os anos vão sucedendo a indignação de Wycliffe somente aumenta diante dos desmandos e desvarios desta casta eclesiástica que dominam e controlam a igreja institucional, sempre visando seus próprios e mesquinhos interesses pessoais e uma autopreservação de seus privilégios que não impunham limites em utilizar quaisquer medidas ou violência para se manterem no poder.
ótica à luz do ensino bíblico é resgatar uma Igreja Cristã não institucional, cujos líderes não seriam ordenados em algum tipo de hierarquia de poder. Para ele a Igreja é um Corpo, a Noiva, um Organismo Vivo sendo preenchido e dirigido pelo Espírito de Cristo.
É verdade que a visão de Wycliffe deve ser compreendida como sendo eminentemente particular e pessoal, desenvolvida dentro de sua percepção da genuína vida cristã do período apostólico. Para ele Jesus Cristo é o modelo de desapego às coisas materiais e de todo tipo de domínio sobre os homens e as coisas. Seu objetivo foi totalmente absorvido na pregação da mensagem de salvação e no cuidado para com o próximo. Para Wycliffe está deveria ser a norma para todos os cristãos em todos os tempos, principalmente os que ocupam funções sacerdotais e o próprio Papa. Assim sendo, a Igreja deve ser a expressão da vida de Cristo de modo que seus membros devem imitar a vida de renuncia temporal e pregação do Evangelho.
Esta perspectiva idiossincrática de Wycliffe vai bater de frente com a realidade deprimente da Igreja Cristã do século XII e XIII com suas infinitas hierarquias e crescente opulência (qualquer semelhança com o evangelicalismo brasileiro não é mera coincidência). Para Wycliffe era clara e evidente a distinção entre a Igreja Institucional e a Igreja pós-apostólica e a única saída era retomar o modelo original.
Desde seus dias neotestamentário o cristianismo continha uma diversidade de correntes eclesiológicas, dentre as quais aqueles que defendiam um anti-institucinalismo da igreja. Periodicamente está percepção era defendida mais intensamente ameaçando romper com o status quo estabelecida pelas lideranças eclesiásticas de plantão. O grande modelo era o apóstolo Paulo que em nenhum momento deixou de confrontar as autoridades eclesiásticas representadas nas figuras de Pedro, Tiago e João, aos quais ele mesmo nomeia como sendo as “colunas” da nascente igreja cristã, mas que nunca estiverem além de serem corrigidos quando necessário (Gl 2.6,9).
Para melhor compreensão das colocações de Wycliffe é preciso resgatar um pouco do histórico desta postura anti-hierárquica, anti-institucional que sempre tentou, sem sucesso, romper as muralhas intransponíveis da Igreja medieval.
A maioria desses movimentos não chegaram à formular uma teologia sistemática de um cristianismo e/ou uma Igreja não institucional. Somente os chamados espiritualistas no tempo da reforma estabeleceram um conceito eclesiástico não institucional.
Já no século XII temos diversos movimentos com características antinstitucionais, dentre os quais se destaca a figura de Pedro de Bruis, pregador intinerante no sul da França que rejeitava o Antigo Testamento, a veneração da cruz e os edifícios da igreja, influenciado pela ideia de rejeição da religião externa e a desmaterialização da adoração.
Nessa esteira temos os seguidores de Valdes (Waldo) de Lyon, estabelecidos na Lombardia e Sabóia, que não se reconciliaram com a Igreja Romana, reivindicavam, com base no modelo apostólico neotestamentário, o direito de pregar, e em alguns casos até mesmo administrar a eucaristia e a penitência.
Um personagem ainda mais radical foi Ugo Speroni de Piacenza, que ensinava a seus seguidores uma religião puramente interna, espiritual, pois segundo ele todos os sacramentos e atos externos de adoração são idolatras. Mas, em nenhum momento pediu que se rompesse com a Igreja Romana, pois entendia que mesmo seguindo os ritos eclesiásticos o cristão poderia perseguir uma genuína comunhão interior com Deus.
Um conceito que foi abundantemente utilizado por todos aqueles que criticavam a superestrutura eclesiástica estabelecida ao longo dos séculos era a ideia da Igreja Invisível. Ainda que tenha sido sistematizada por Agostinho, encontra vestígios ainda no segundo século (Clemente de Roma). Segundo Agostinho a verdadeira Igreja era constituída no céu composta pelos anjos e todos os eleitos predestinados à salvação. O teólogo chama essa igreja invisível de “uma comunidade invisível de amor”, bem como “o corpo de Cristo no sentido próprio”. Ainda segundo Agostinho estará excluído do rol de membros desta Igreja Invisível todos os membros ímpios da Igreja Visível (terrena). Desta maneira, a instituição visível, seja qual nome receba, não pode ser uma encarnação perfeita da Igreja Invisível de Jesus Cristo.
Em seus dias Wycliffe vai colocar o conceito de Agostinho no centro de sua eclesiologia.[2] Em seus primeiros tratados sobre a Igreja e os sacramentos (1378-1380) ele apresenta a Igreja como sendo nada mais do que “a comunidade invisível de todos aqueles ligados na eternidade pela graça da eleição” (o praedestinatorum congregatio). Desta forma a Igreja terrestre [institucional], em contrate é composta por outra comunidade, também eterna, a dos condenados (presciti). Sendo assim, uma vez que a verdadeira igreja é constituída pelos eleitos que são conhecidos somente por Deus, não há qualquer garantia de que a autoridade exercida na Igreja pelo Papa, prelado ou sacerdote [em nossos dias apostolo, bispo, missionário, presbítero etc…] podem muito bem pertencer à comunidade dos condenados. Em contrapartida, uma pessoa que tenha sido eleita (salva), mesmo que apenas leiga, possui “ipso facto” todas as prerrogativas do ofício sacerdotal (cf. De civili dominio , vol. 1, p. 409; De ecclesia , pp. 71–2).
Assim como consequência, a obediência a qualquer autoridade eclesiástica está subordinada à sua fidelidade aos preceitos da Bíblia (De civili dominio , vol. 2, p. 243; De potestate papae [ On the Power of the Pope — ca. 1379], p. 149; De ecclesia , p. 465). De modo que a fidelidade à igreja verdadeira (invisível) pode implicar a necessidade de se rebelar contra a Igreja visível e seus membros, quando seus pedidos estão em conflito com o ensinamento de Cristo (De civili dominio , vol. 1, pp. 384, 392). Essa foi a maior contribuição que Wycliffe trouxe em relação à religião no décimo quarto século: o deslocamento de uma visão puramente institucional da igreja, concebido em termos da autoridade jurídica e canônica de sua hierarquia, pela fé em Cristo através da participação em sua palavra Bíblia.
Até aqui uma grande parcela de evangélicos estão afirmativamente dizendo amém! Mas quando Wycliffe começa a discorrer sobre as características da verdadeira igreja – viver na pobreza e anunciar a lei de Cristo – certamente encontrara a mesma resistência e condenação que sofreu nos seus dias por parte dos milhares de pequenos papas espalhados por todo o cristianismo atual. Para Wycliffe era uma aberração bíblica as construções das grandes Catedrais, bem como o acumulo de riqueza da igreja e da sua hierarquia. Esse status quo eclesiástico é o oposto daquilo que Jesus propôs em Seu Evangelho.
Apesar de suas exposições serem corrosivas para as estruturas eclesiásticas estabelecidas o doutor de Oxford em nenhum momento afirmou que a Igreja externa (terrena) era completamente inútil. Pois, segundo ele, a proclamação da Palavra de Deus e a ministração dos sacramentos pressupõem sua existência. Mas é necessário que essa instituição terrestre seja permanentemente corrigida em seus abusos eclesiásticos.
O historiador Lewis Sergeant resume assim a relevância da vida e obra de John Wycliffe para as reformas futuras, principalmente na Inglaterra onde viveu e morreu:
Não só encarnou e vocalizou as aspirações de reforma que encontrou em Oxford nos seus primeiros dias: ele infundiu no movimento tanta energia nova e virilidade que a Reforma na Inglaterra e foi praticamente efetuada no momento da sua morte, e ali não havia nada acrescentar além das manifestações externas e políticas de sua integralidade…. Não foi Cranmer, nem Cromwell, nem Henrique VIII e seus dois filhos protestantes, que baniram a autoridade papal da Igreja Anglicana [Inglaterra]. Eles foram os acidentes, ou, no máximo, os instrumentos de uma vitória já realizada. Para o verdadeiro momento da vitória, e para o Reformador eficaz, devemos olhar para trás para o século XIV.
Assim como nos dias atuais, naqueles antigos dias de Wycliffe a igreja institucional estava mergulhada até o pescoço com toda sorte de desvios doutrinários, por toda sorte de corrupção eclesiástica e exploração da fé popular. Era difícil olhar para dentro da igreja institucional dos dias de Wycliffe e ter qualquer esperança de mudança positiva. Suas lideranças e suas estruturas estavam totalmente corrompidas. Seria diferente hoje?
Para o reformador inglês está franquia evangélica brasileira, que faz proliferar igrejas totalmente esquizofrênicas quando analisadas do ponto de vista bíblico é a prova contundente de que a igreja visível tem pouco haver com a igreja invisível.
E mesmo as denominadas igrejas históricas, que estão sempre prontas a criticarem as demais denominações precisa olhar no espelho do Evangelho e perceber o quão distante estão do padrão proposto por Jesus de amor ao próximo e total desapego aos bens materiais (“vai vende tudo que tens, dá aos pobres e siga-me”).
Em toda História da Igreja Cristã a institucionalização somente afastou a Igreja do padrão simples do Evangelho e a inseriu no mundo complexo do político-econômico. Foi assim bem antes de Constantino,[3] mas certamente piorou muito depois de sua institucionalização pelo Império Romano. Mesmo a Reforma Protestante do século XVI tinha muito mais de interesses outros do que uma real volta ao modelo bíblico. E nenhuma das reformas fica mais escancarada esses outros interesses, em detrimento de se reinserir a Igreja no padrão bíblico, do que a reforma ocorrida na Inglaterra, cujos interesses de um rei devasso e egocêntrico a produziu.
Quais os vestígios da genuína Igreja (invisível) na terra hoje? O mesmo dos dias de Wycliffe – muito pouco. Assim como Diógenes, filósofo grego saia em pleno dia pelas ruas de Atenas, com uma lanterna nas mãos, à procura de um homem honesto (dizem que ele passou no Congresso brasileiro), e não encontrava, assim também se procura dentro das instituições vestígios da igreja verdadeira, mas cada dia há menos esperança de se encontrar.
Sucinta Cronologia de Wycliffe
1330 nasce em Wycliffe-on-Tees
1345 vai estudar na Universidade de Oxford
1360 Mestre da Faculdade Balliol
1365 Diretor de Nova Canterbury Hall
1367 Destituído da direção do Canterbury Hall pelo novo Arcebispo de Canterbury (Langham); Apelo ao Papa Urbano V falha.
1369 Recebe Bacharel em Divindade
1370 Primeira apresentação da sua doutrina sobre a Eucaristia
1372 Recebe Doutorado em Teologia
1372 Inicia o serviço à coroa inglesa
1374 Nomeado Reitor de Lutterworth
1374 Nomeado para viajar a Bruges para negociar com a delegação papal
1374-1376 Desenvolve a Teoria do “domínio”
1377 (fevereiro) O amotinamento encerra o julgamento em St. Paul
(maio) O papa Gregory XI emite cinco bulas contra Wycliffe
(dezembro) Wycliffe concorda em “prisão domiciliar” em Oxford
1379-1380 Publica pontos de vista sobre a Eucaristia
1381 Retirada das manifestações pública para Lutterworth
1381-1384 Trabalho intenso com ajudantes na tradução inglesa da Bíblia
1382 Blackfriars Sínodo condena os escritos de Wycliffe, seguido de purificação de seus seguidores em Oxford
1382-1384 Período prolífico de escrita em latim e inglês
1382 sofre primeiro acidente vascular cerebral
1384 Sofre o segundo derrame; Morre na véspera do Ano Novo
1415 O Concílio de Constança condena Wycliffe em 267 diferentes heresias
1428 Ao comando papal, os restos de Wycliffe são desenterrados, queimados e espalhados no rio Swift.
Utilização livre desde que citando a fonte
Guedes, Ivan Pereira
Mestre em Ciências da Religião.
Universidade Presbiteriana Mackenzie
me.ivanguedes@gmail.com
Outro Blog
Reflexão Bíblica
http://reflexaoipg.blogspot.com.br/
AMARAL, Epaminondas M. do. O Protestantismo e a Reforma. São Paulo: Livraria Saleluz, 1962. (Coleção Otoniel Mota I).
ARMESTO-FERNÁNDES, Felipe e WILSON, Derek. Reforma: o cristianismo e o mundo 1500-2000. Trad. Celina Cavalcante Falck. Rio de Janeiro: Record, 1997.
AZEVEDO, Leandro Villela de. As Obras Inglesas de John Wycliffe inseridas no contexto religioso de sua época: Da Suma Teológica de Aquino ao Concilio de Constança, Dos espirituais franciscanos a Guilherme de Ockham. (Tese Doutorado). São Paulo: Universidade de São Paulo, 2010. [Orientador: Prof. Dr. Nachman Falbel].
BOISSET, J. História do protestantismo. São Paulo: Difusão Europeia, 1971.
DANIEL-ROPS. A igreja da renascença e da reforma I: a reforma protestante. São Paulo: Ed. Quadrante, 1996, p. 435.
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[1] Wycliffe, também encontra-se as grafias “Wycliff” e “Wyclif”. O nome “Wycliffe”, é a indicação de um local, sendo escrito John de Wycliffe.
[2] Em Agostinho tal divisão é metafórica, mas Wycliffe tornou literal.
[3] Para Wycliffe Constantino foi instrumento de Satanás para envenenar a Igreja.
Fonte: Historiologia Protestante