Categoria: Coluna
Imagem: Reforma Protestante - JovemNerd
Publicado: 19 de Maio de 2017, Sexta Feira, 01h06
Por: WALLACE DOUGLAS (foto)
Após esperar numa torre de sentinela as respostas culminantes para a recuperação da essência da igreja, exposições cruciais sobre as escrituras sagradas enveredaram para uma liberdade outrora oculta e abafada como a chama do candeeiro sob uma cuia de cabaça. Para a libertação desses cativos foi necessário rever tais práticas indulgentes além da moral e da doutrina antes já contrapostas pelos precursores da reforma protestante.
Os teólogos que iniciaram a oposição aos problemas da igreja romana entre eles: Pedro Valdo, John Wycliffe, Girolamo Savonarola, Thomas Bradwardine e Gregório de Rimini. Expressaram a parte nítida do poderio católico sobre os leigos aprisionados numa sociedade feudal em conflito. Martinho Lutero, monge de uma ordem agostiniana enfatiza a reação à prepotência da autoridade papal e demais manipulações. Além das 95 teses foram criados os lemas contrários aos abusos da igreja Romana que são as 5 solas, afirmando que somente as Escrituras – Sola Scriptura, Somente a fé – Sola Fide, Somente a graça – Sola Gratia, Somente Cristo – Solus Christus e a Glória somente Deus – Soli Deo Gloria.
No contexto vivido por Lutero, a caridade era ausente, na tese de número 46 ele aponta o aspecto familiar onde o cristão precisa administrar suas finanças para o sustento da família, mas a compra de indulgências é um grave desperdício. As indulgencias promoveram o lucro do clero que propositalmente ensurdeceu os leigos negando o acesso a leitura da bíblia, assim consta na tese 67. Na tese 86 há um questionamento bem elaborado onde torna publico o abuso financeiro do papa construindo a Basílica de São Pedro com o dinheiro dos pobres. Diante do raciocínio luterano é notável a consistência que reside na liberdade do cristão em recusar o cativeiro babilônico não somente desse contexto histórico como no tempo presente.
Nas duas últimas teses estão os princípios que trás a realidade de como viver para Cristo em meio à luta, afirma LUTERO (1517, p.23) “e assim confiar que entrarão no céus mediante muitas tribulações em vez de confiar em promessa de segurança de paz”. Essa perseverança nos conflitos é também demonstrada na canção Castelo Forte cantado por Lutero ao chegar em Worms para a retratação de suas obras, mas resistiu ao cativeiro católico romano, pois essa resistência é indispensável para os dias atuais.
Fontes:
BEEKE,Joel R.1952 – Vivendo Para a Glória de Deus: uma introdução a fé reformada. Tradução: Francisco Wellington Ferreira – São José dos Campos, SP- Edit; Fiel 2016
BOYER, S. Orlando. Heróis da Fé Vinte homens extraordinários que incendiaram o mundo Edit Biografias cristãs CPAD – Casa Publicadora das Assembléias de Deus
LUTERO, Martinho. As 95 teses e a essência da igreja;[Tradução Carlos Caldas] – São Paulo: Edit Vida, 2016.