[EBRON GESER MULLER] O AMOR: O DOM MAIOR


Categoria: Coluna
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Publicado: 24 de Julho de 2020, Sexta Feira, 20h21 - 1 comentário

Por: EBRON GESER MULLER (foto)

Como deve estar organizada a comunidade e quem é o mais importante na sua estrutura? Essa já era uma preocupação dos discípulos que conviveram com Jesus, a ponto de discutirem entre eles quem era o maior. A resposta de Jesus, decepcionado com esse tipo de discussão, chegou rápida: “Se algum quer ser o primeiro, deverá ser o último, e ser aquele que serve a todos” (Mc 9,35). O mundo das relações humanas proposto por Jesus não se baseia no poder e no domínio, mas no serviço sem interesses e pretensões.

Os discípulos do Senhor Jesus não são reconhecidos, em primeiro lugar, pelo que “têm” ou pelo que “fazem”, mas pelo amor que vivem entre si. O amor é o grande sinal de quem faz do seguimento de Jesus um estilo de vida. O apostolo Paulo, em muitas passagens de suas cartas, insiste no esforço de querer o bem do próximo e de respeitá-lo. Chegou a pedir aos cristãos que o amor seja sem hipocrisia, que detestem o mal e apeguem-se ao bem; que, no amor fraterno, sejam carinhosos uns para com os outros, rivalizando apenas na mútua estima (Rm 12,9-21). Somente do amor podem surgir os sentimentos mais sublimes. “Tenham em vocês os mesmos sentimentos que havia em Jesus Cristo” (Fl 2,5), escreveu Paulo aos filipenses.

O hino ao amor (1 Cor 13), uma das páginas mais lindas da Bíblia, define em que consiste o amor cristão e qual o seu sentido na vida dos membros da comunidade. Afirma que o amor verdadeiro é paciente, é prestativo, não é invejoso, não se incha de orgulho. O amor tudo crê, tudo espera, tudo suporta. E esclarece: de nada vale distribuir todos aos bens aos pobres, se não se tem amor. Não é fácil entender a dimensão do amor cristão, principalmente nos dias de hoje, quando a palavra “amor” está um tanto desgastada.

Infelizmente o “amor”, muitas vezes, é entendido com um sentimento superficial, “liquido”, que desaparece com os primeiros sinais de provação ou de sofrimento. Na cultura do descartável, o desafio é amar com solidez, com consciência. Jesus indica o caminho desse modo de ser.


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1# "Parabéns. Excelente texto. Tenho absoluta certeza que foi produzido com muito amor. Obrigado." - Tulio, 23 de Setembro de 2020, Quarta Feira, 17h36

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