WILLIAM JOSEPH SEYMOUR (1870-1922)


Categoria: Biografias
Imagem: William Joseph Seymour - Biografias e Histórias das Denominações
Publicado: 18 de Outubro de 2009, Domingo, 01h03 - 1 comentário

William Joseph Seymour nasceu em 02 de maio de 1870, em Centerville, Santa Maria de Paris, no Estado da Louisiana – USA. Seus pais, Simon Seymour e Phillis Salabar tinham nascido escravos.

Quando o Presidente Abraham Lincoln assinou a Proclamação de Emancipação terminando com a escravidão nos estados rebeldes do Sul, o pai de William se alistou no Exército do Nordeste e serviu até o final da guerra civil. Durante a marcha do exército pelos estados do golfo, Lousiana, Missisipi, Alabama e Flórida ele ficou doente e foi hospitalizado em Nova Orleans. Pela descrição, ele teria contraído malária ou alguma moléstia tropical parecida. Ele nunca se recuperaria totalmente.

William era o primogênito de uma família enorme e viveu seus primeiros anos em abjeta pobreza. Em 1896 os bens de sua mãe eram: um catre, uma cadeira e um colchão, velhos. Toda aquela “fortuna” fora avaliada em $55 dólares – ou R$130,00.

Seymour também sofreu com a injustiça e preconceito da reconstrução sulista. Violência contra homens livres, era comum e a Ku Klux Klan aterrorizava o Sudeste da Louisiana.

O jovem Seymour teve contato com várias tradições cristãs. Seus pais foram casados por um pregador metodista; o garoto William foi batizado na Igreja Católica Romana em Franklin, Louisiana; seus pais foram sepultados junto a uma Igreja Batista.

Muitos ditos sobre a vida de Seymour afirmam que ele era analfabeto. Não é verdade. Ele frequentou uma escola de homens livres em Centerville e aprendeu a ler e escrever. De fato, o retrato de sua assinatura demonstra uma caligrafia.

Fugindo da pobreza e da opressão da vida no Sudeste da Louisiana, Seymour deixou seu lar em plena infância. Ele esteve trabalhando em Indiana, Ohio, Illinois, e outros estados; possivelmente no Missouri e no Tenesse. Ele habitualmente trabalhava como garçom em hotéis de grandes cidades.

Foi em Indianápolis que Seymour se converteu, em uma Igreja Metodista. Logo, entretanto, ele se uniu ao movimento da Igreja de Deus Reformada em Anderson, Indiana. Naquele tempo o grupo era chamado de “Os santos da Luz do Alvorecer”. Enquanto estava com aquele grupo de santidade, ele foi separado e chamado para ser um pregador.

Em Cincinnati, Ohio, depois de um surto quase fatal de varíola, Seymour se rendeu à chamada ministerial. A varíola o deixou cego de um olho e com marcas na face, e, pelo resto de sua vida ele usou uma barba para esconder aquelas marcas.

Em 1905, Seymour estava em Houston, Texas, quando ouviu a mensagem pentecostal pela primeira vez. Ele se matriculou na Escola Bíblica dirigida por Charles F. Parham. Parham, foi o fundador do movimento de Fé Apostólica, e é o pai do reavivamento Pentecostal/carismático moderno. Na Escola Bíblica de Topeka, Kansas, seus seguidores tinha recebido o batismo no Espírito Santo com a evidência bíblica de falar em outras línguas.

Por causa das leis de segregação racial da época, Seymour foi forçado a se assentar no corredor, do lado de fora da sala de aula. O humilde servo de Deus suportou a injustiça com graça. Seymour deve ter sido um homem de um aguçado intelecto. Em poucas semanas ele se tornou bastante familiarizado com os ensinos de Parham, que observou que ele também podia ensinar. Entretanto, não recebera o batismo com o Espírito Santo com a evidência de falar em línguas.

Parham e Seymour dirigiram, juntos, reuniões em Houston, com Seymour pregando para auditórios negros enquanto Parham pregava para grupos de brancos. Parham tinha planos de usar Seymour para espalhar a mensagem da Fé Apostólica para os afro-americanos do Texas.

Neely Terry, uma convidada de Los Ângeles, encontrou com Seymour quando ele pregava numa Igreja regular pastoreada por Lucy Farrar. Esta, era empregada da família de Parham no Kansas.

Quando Terry retornou à Los Ângeles, ela persuadiu a pequena Igreja de Santidade que freqüentava a convidar Seymour para ir até sua Igreja para uma reunião. Sua pastora, Julia Huthinson, oficializou o convite.

Seymour chegou a Los Angeles em fevereiro de 1906.

Seus primeiros esforços para pregar a mensagem pentecostal foram impedidos e ele foi expulso porta à fora daquela igreja. A liderança tinha suspeitas da doutrina de Seymour, estavam especialmente convencidos de que ele pregava sobre uma coisa que ainda não tinha recebido.

Mudando para a casa de Edward Lee, um zelador de um banco local, o bispo Seymour começou a ministrar a um grupo de oração que estava se reunindo regularmente na casa de Richard e Ruth Asbery, na Rua Bonnie Brae, 214. Asberry também tinha um emprego de zelador. A maioria dos adoradores eram afro-americanos, com algumas visitas ocasionais de brancos. Assim que o grupo foi buscando a Deus por reavivamento, sua fome se intensificou.

Finalmente, em 19 de abril, Lee foi batizado no Espírito Santo com a evidência de falar em outras línguas. Quando as novas de seu batismo foram contadas aos verdadeiros crentes da Rua Bonnie Brae, um poderoso derramamento se seguiu. Muitos receberam o Batismo do Espírito Santo como um reavimento pentecostal chegado à Costa Oeste.

Aquela tarde poderia ser descrita assim: gente caindo pelo assoalho parecendo inconscientes, outras clamavam e corriam pela casa. Uma vizinha, Jennie Evans Moore, tocou piano sem nunca ter tocado antes.

Nos poucos dias de continuo derramamento, centenas se ajuntaram. As ruas ficaram cheias e Seymour pregava do alpendre dos Asbery. Em 12 de abril, três dias depois do derramamento inicial, Seymour recebeu seu próprio batismo de poder.

Rapidamente, deixando o lar dos Asbery, o bispo procurou um local para uma igreja. Eles encontraram um prédio de uma missão na Rua Azuza nº 312.

A missão tinha sido construída para ser uma Igreja Metodista Episcopal Africana, mas quando os planos foram abandonados, o santuário do andar de cima foi transformado em apartamentos. Um incêndio destruiu um lance do teto e ele foi refeito um flat de 40 x 60 com a aparência de uma caixa quadrada. O porão inacabado com um teto baixo e um chão sujo, era usado como armazém e estábulo.

Esse porão veio a ser o local da Missão da Fé Apostólica. Uma mistura de cadeiras e pranchas de madeira foram arranjadas para os assentos e oração. Duas caixas cobertas por um tecido barato se transformaram em um púlpito. Foi deste humilde local, que a verdade pentecostal se espalhou para o mundo.

Visitantes vieram tanto de perto quanto de longe para participar do grande avivamento na Missão da Fé Apostólica da Rua Azuza, 312 em Los Ângeles, Califórnia.

Em 17 de abril, o jornal Los Angeles Daly Times enviou um reporter ao local do reavivamento. Em seu artigo ele malhou a reunião e o pastor chamando os frequentadores de “uma nova seita de fanáticos”, de Seymor disse: um velho exortador. Ele zombou das línguas estranhas: “Uma esquisita babel de línguas”.

Mais importante do que suas críticas, foi o tempo providencial da sua visita. O artigo foi publicado no mesmo dia do grande terremoto de São Francisco. Californianos daquela região foram pegos de surpresa e com grande temor achavam que o reavivamento era o cumprimento das profecias do dia do Grande Juízo Final.

Imediatamente, Frank Bartleman, um evangelista itinerante, publicou um folheto sobre o terremoto. Milhares de folhetos, sobre o cumprimento das profecias, foram distribuídos. Logo, multidões se apertaram na Rua Azuza. Um recepcionista disse que mais de mil pessoas lotavam a propriedade. Centenas enchiam o pequeno prédio. Outros assistiam do lado de fora, entupindo aquela rua suja.

Com a ajuda de um estenógrafo e um editor, a Missão começou a publicar um jornal, “A Fé Apostólica”. Os Sermões de Seymour eram transcritos e impressos junto com as novidades sobre reuniões de muitos missionários que estavam sendo enviados. Os escritos literalmente espalharam a mensagem Pentecostal através do Globo. Circularam mais de 50.000.

Cultos eram dirigidos três vezes ao dia: às 10:00h, à tarde e às 19:00h. Eles frequentemente permaneciam juntos o dia inteiro até o fim do último culto. Este programa continuou sete dias por semana, por mais de três anos.

Era muito comum o perdido ser salvo, o doente curado, o endemoninhado liberto, e quem buscava saía batizado com o Espírito Santo na mesma reunião. Muitos dos pioneiros do movimento Pentecostal receberam o Santo batismo adorando nas pranchas de casca de madeira no altar da Rua Azuza.

Em 28 de setembro de 1922, com 52 anos de idade, teve dores no peito e falta de ar. Embora o médico fosse chamado, o peregrino foi estar com o Senhor na Cidade Celestial.

 

Fonte: Portal Yohanan (Agradecimentos: Felipe)


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1# "É muito importante para o aprendizado cristão, trás fôlego novo e forças para está dando continuidade a obra de Deus." - Fabio Oliveira Vicente, 05 de Fevereiro de 2019, Terça Feira, 14h10

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