INQUISIÇÃO PROTESTANTE?


Categoria: Acervo
Imagem: Inquisção - Bibotalk
Publicado: 29 de Janeiro de 2016, Sexta Feira, 19h37 - 2 comentários

Prezados, Graça e Paz. O presente artigo foi retirado de um site apologético cujos autores participam de pesados debates teológicos. Portanto, o presente artigo apresenta algumas palavras meio que ofensivas. Eu estarei editando algumas dessas palavras, mas não todas para não mudar o sentido do texto e, também, não violar os direitos autorais. Peço aos amados católicos que acompanham o nosso site um pouco de paciência e perdão por tais palavras. As palavras ofensivas estarão marcadas com um EDITADO. Deus os abençoe. - Marcell de Oliveira.

Para os [EDITADO] católicos não basta negar que a Instituição Eclesiástica Romana passou por períodos vergonhosos fazendo com que pessoas fossem condenadas e perseguidas por negarem submissão ao seu clero. Para os católicos, o revisionismo hipócrita e virulento vai mais além. Agora, munidos de pinceladas históricas fora do contexto, passaram a desinformar por aí, que, na verdade o que houve mesmo foi uma carnificina, chacina, mas não católica, e sim UMA INQUISIÇÃO PROTESTANTE.

Estes ignoram que protestantes nunca tiveram autonomia pra isso, nem mesmo de algum estado protestante. Já no catolicismo…

Se um senhor temporal negligencia em cumprir o pedido da Igreja de purificar sua terra da contaminação da heresia, será excomungado pelo metropolitano e pelos outros bispos da província.” (Decretos do quarto concilio de Latrão, 1215). Ou seja, não adianta dizerem que a culpa das mortes na inquisição foram dos Estados, pois estes eram católicos. Isso é o mesmo que, ao invés de incriminar um cão que mordeu uma criança, denunciar os dentes dele que evidentemente foram usados para ferir a criança.

Caso engraçado é que o mesmo entendimento de que perseguições e mortes causados por protestantes o foram muitas vezes por questões de estado, isso eles não tem. [EDITADO].

Mas longe de resumir tudo apenas nessa introdução acima… Vamos aos fatos.

Sobre a dita “Inquisição Protestante”!
Paul Johnson, um historiador britânico, católico conservador e anti-comunista, assim se refere aos Protestantes. Eis sua citação completa:

Os Estados protestantes tendem a ser os principais beneficiários desta série internacional de movimentos religiosos. Eles poderiam ter uma religião oficial, mas tendem a ser mais tolerantes. Raramente empreendiam perseguição sistemática. Não havia neles o equivalente a inquisição. Eles não eram clericalistas. Permitiam que os livros circulassem com mais liberdade. Não abusavam o comercio com o direito canônico. Eles aceitaram a religião “privada” e colocaram o casamento e a família, no meio da mesma. Portanto, melhor se harmonizavam em uma comunidade capitalista. Em última análise, as sociedades protestantes apareceram para alcançar muito mais sucesso do que a católica, na medida que se desenvolvia o sistema capitalista. Esta questão já foi observado em 1804 por Charles de Viller em seu Charles de Viller en su Essai sur l’esprit et l’influence de la réformation de Luther.” (Paul Johnson, A History of Christianity, pag 282-283. Traducão: Aníbal Leal e Fernando Mateo, Edição 1: Setembro 2010).

Tratei de citar que ele é católico e anti-comunista, antes que algum romanista me venha com objeções de que Paul seja algum inimigo da “Igreja” ou um marxista!! Pois, falácia genética, é o principal artifício que alguns católicos gostam de levantar contra nós, e acredite, tiveram mesmo a cara de pau em alegar isto (veja aqui).

Pois bem, alguns católicos no desespero de insistir nessa farsa de que houve uma inquisição protestante chegam a insinuar que Johnson apenas se refere a não existência de um tribunal institucional protestante. Um certo blog católico administrado pelo Cris Macabeus insistia que nós havíamos tirado a frase do contexto, para negar a tal suposta “inquisição” protestante. Logo, de acordo com o raciocínio dele, os reformadores matavam pelo simples prazer de matar, sem direito a defesa, portanto não foi uma inquisição foi uma verdadeira carnificina.

Porém como se percebe, a citação está completa e perfeitamente no seu contexto, fora isso, o problema com a objeção do blog macabeus e o caiafarsa, ambos ligados ao Fernando Nascimento, é que, se, mesmo que a frase do Johnson estivesse fora do contexto, os católicos também não podem sustentar que houve mesmo uma inquisição protestante… cabe ao pessoal do blog Macabeus e outros católicos, nos mostrar algum documento que sustente tal afirmação deles.

Portanto, simples e emotivas afirmações sensacionalistas, de que protestantes matavam por prazer e promoveram carnificinas, não passam de delírio da militância católica pra tentar distorcer os fatos e negar as inúmeras provas de que foi o catolicismo que por seculos impôs com ameaça de morte o direito de ser o único representante do cristianismo. Há também o fato de que tais afirmações exageradas dos católicos são ridículas e não tem nenhuma relevância para historiadores sérios.

As alegações sobre uma suposta “Inquisição Protestante” não se sustentam quando examinadas.

Em primeiro lugar, não se sustenta a alegação de uma “Inquisição Protestante” porque para alegar isto, os católicos sempre citam em todos os casos, como “fato de inquisição”, o ocorrido entre Lutero e os anabatistas ou no caso, os camponeses. Só que tal evento não equivale ao sistema de uma Inquisição, é um caso específico. Pois…

Em 1524, eclodiu nos territórios do Império uma gigantesca rebelião camponesa. Bandos armados compostos de cerca de trezentos mil camponeses saquearam igrejas, castelos e cidades. Lutero, depois de tentar inutilmente uma mediação, escreveu o tratado Contra os bandos arruaceiros e assassinos dos camponeses, uma espécie de carta aberta aos príncipes alemães pedindo para conter os rebeldes. ‘Esta é a época da ira e da espada, não a da graça […] Por isso, caros senhores […] matem, esganem, estrangulem quem puderem […] e se alguém julgar tudo isso duro demais, pense que a sedição é insuportável e que a cada momento é preciso esperar a catástrofe do mundo.’” (David Christie-Murray, op. cit, p. 202.)

Neste caso específico dos camponeses, tratavam-se de arruaceiros tumultuadores que saqueavam igrejas e promoviam revoltas por onde fossem, incentivando a baderna e a revolução contra a Igreja e o Estado. Eram bandos armados que inutilmente eram resistidos por Lutero por meio de conversas conciliatórias, o que levou Lutero a se posicionar contra os tais, algo já feito muito antes por católicos em suas terras.

Em segundo lugar, as alegações romanistas sobre uma suposta “inquisição protestante”, apelam ao caso Calvino e Genebra. Muita coisa já foi escrita sobre o assunto, todavia, nada do que foi escrito se configura em qualquer contexto de uma “inquisição protestante”. Calvino sequer poderia opinar em um tribunal suíço, pois era francês. E sua posição durante o caso Serveto também não representa nem de longe o que foi a inquisição católica.

Em terceiro lugar, os católicos sempre citam casos isolados de revoltosos monarcas que investiram contra os católicos que atacavam protestantes e a todo custo queriam devolver suas nações ao catolicismo. Mais uma vez, nem de longe isso chega a ser algo que sustente um palpite de “inquisição protestante”.

E por fim, esses [EDITADO] católicos também, sempre irão citar o caso isolado das “bruxas de Salém”, ou da “caça as Bruxas”, onde muitas morreram nas “inquisições protestantes”. Eles baseiam isto no caso envolvendo Benedct Carpzov (algo que já foi refutado aqui). Portanto casos distintos que devem ser analisados pontualmente, NADA semelhante a algum tipo de Inquisição Sistemática como conhecida e foi promovida pela Igreja Católica Romana.

Essas lorotas católicas são veiculadas não apenas no blog macabeus, mas também no site mais ridículo entre os “apologéticos” católicos o: http://caiafarsa.wordpress.com/. O interessante, é que nenhum historiador sério defende a farsa que eles tanto bauburdeiam por ai. Eles fazem tumulto até mesmo com eventos relacionados à guerra dos trinta anos.

“Inquisição Protestante?!”
Fiz uma varredura em diversos sites de apologética e em livros acadêmicos sobre os erros do protestantismo e não achei nada a respeito que se relacione ao termo inquisição protestante, se algum católico puder me ajudar, fico agradecido, mas por favor quero as fontes e que não seja algo que tome casos de Benedct Carpzov como sendo uma inquisição.

Pelo que pude encontar, essa é uma frase de Dave Armstrong (um apologista católico, ex-protestante) sem nenhum fundamento histórico, ainda bem que historiadores como James A. Haught, Eamon Duffy, Justo L.Gonzales e o próprio Paul que também é um católico, desmentem essa afirmativa facilmente, mas, muitos ditos apologistas de quinta, e amadores de estória e não história, levam essa lorota adiante.

Essa galera militante católica, precisa entender que protestantes não têm nenhum problema em admitir que cometeram erros no passado, se no caso, ainda que houvesse casos que se configurem uma “inquisição” promovida pelos reformadores, essa questão realmente não levanta quaisquer problemas graves para o protestantismo. Não temos, ou não teriamos qualquer problema com isto pois evangélicos verdadeiros seguem as Escrituras Sagradas, enquanto que Lutero, Calvino, Zwinglio não são nossos guias infalíveis nem líderes supremos, e o que nos vinculamos a eles trata-se de que eles não apontaram a si mesmos, e sim às Escrituras – sola scriptura, é este nosso vínculo que mantemos até os dias atuais.

Personalismo humano ou culto à personalidade são princípios rejeitados por nós evangélicos, como inspiração Bíblica. Nenhum dos reformadores do passado ou lideres do presente são tidos por nós como um papa ou algum santo especial….pra nós, só a PALAVRA DE DEUS é infalível. Muitos cristãos antes da Reforma, jamais deram sua fidelidade ao Papa nem foram parte da Igreja Católica Romana. Por recusarem essa lealdade, verdadeiros cristãos, que sempre existiram em grande número, independentemente de Roma, foram massacrados. (ver Nota 1 no fim do artigo). Essa é a verdade.

O inicio dos exageros e abusos que mais tarde levariam Roma a instituir tribunais eclesiásticos.
O texto seguinte, que foi extraído do “Decreto dos Imperadores Graciano, Valentino II, e Teodósio I” do dia 27 de fevereiro de 380 d.C, refere-se ao estabelecimento do [cristianismo], “catolicismo romano” como a religião do Estado e a proibição de qualquer outra forma de adoração:

Nós ordenamos que aqueles que crêem nessa doutrina [de Roma] devem receber o título de cristãos católicos, mas os outros, nós os julgamos serem loucos e delirantes e dignos da desgraça resultante do ensinamento herético, e as suas assembléias não são dignas de receber o nome de igrejas. Eles devem ser punidos não só pela vingança divina mas também pelas nossas próprias medidas, que decidimos de acordo com a inspiração divina.” (Sidney Z. Ehler e John B. Morrall, tradutores e editores desses documentos antigos, Church and State Through the Centuries (Londres, 1954), p.7.).

A partir daí, seculos depois, Roma por se achar a única representante do cristianismo, decide por em atividade, o que antes estava só no papel, como vemos acima.

Os católicos dizem que protestantes promoveram chacinas, mas esquecem que numa só campanha o exército do Papa Inocêncio III, no que ele chamou de “a conquista coroadora de seu papado“, matou cerca de 60.000 albigenses (incluindo cátaros e outros cristãos) quando aniquilou a cidade inteira de Beziers, na França. No século seguinte os albigenses, que chegaram a incluir a maioria da população do sul da França, foram quase exterminados por essa igreja perseguidora. O mesmo destino foi dado aos cristãos valdenses, bem como a outros seguidores de Cristo, tais como os huguenotes, dos quais várias centenas de milhares foram mortos, 70.000 só no infame Massacre de São Bartolomeu em 1572.

Muitos outros exemplos da história poderiam ser dados de como essa perseguição e massacre de cristãos não romanos aconteceu nas mãos da Igreja Católica Romana, mas temos que nos limitar a uns poucos. Considere a carta do Papa Martinho V (1417-31) ordenando ao rei da Polônia exterminar os hussitas (aqueles que tinham a mesma fé que o mártir Jhon Huss). Isso oferece uma percepção das razões pelas quais os papas odiavam ainda mais todos os cristãos não romanos:

Saiba que os interesses do Santo Governo [Roma papal], e daqueles de sua coroa, consideram o seu dever exterminar os hussitas. Lembre-se de que essas pessoas ímpias se atrevem a proclamar princípios de igualdade; eles afirmam que todos os cristãos são irmãos… que Cristo veio à terra para abolir a escravidão; eles chamam as pessoas à liberdade, isto é à aniquilação de reis e bispos. Enquanto ainda há tempo, pois, levante suas forças contra a Boêmia; queime, massacre, faça desertos por toda parte, porque nada poderia ser mais agradável a Deus, ou mais útil para a causa dos reis, do que o extermínio dos hussitas.” (R.W. Thompson, The Papacy and the Civil Power (New York, 1876), p. 553).

Mas, longe de ser tendencioso e negar a verdade, eu assumo e todos evangélicos também devem assumir, que, de fato houveram erros que nossos antepassados protestantes cometeram dos quais trataremos a seguir, mas, também é importante lembrar que o exame das Escrituras levou os reformadores a reconhecer e deixar esses erros; por isso as Escrituras servem de padrão de conduta, trazendo ainda preceitos disciplinares que mostram que mesmo líderes são sujeitos a erros, e que seus erros devem ser repudiados.

Ainda assim, cabe ressaltar que uma “Inquisição” é um tribunal da igreja católica romana, que, usando a lei romana para investigar e punir a heresia, entregava o condenado “impenitente e herege” ao braço secular para ser executado. A palavra “herege”, significa aquele que escolhe, que professa doutrina contrária ao que foi definido pela Igreja como sendo matéria de fé. Contudo, neste contexto, todos os que se rebelavam contra a autoridade papal ou faziam qualquer espécie de crítica à Igreja de Roma eram considerados hereges.

INQUISIÇÃO consiste no ato de INQUIRIR: indagar, investigar, pesquisar, perguntar, interrogar judicialmente. Os hereges seriam os “irmãos separados”, os “protestante”, os “crentes”, os “evangélicos” de hoje, ou melhor, TODOS OS CRISTÃOS NÃO ROMANOS.

A própria Igreja Católica, no seu Direito Canônico, estabelece uma distinção entre heresia, apostasia e cisma. Assim diz este documento:

Depois de recebido o batismo, se alguém, conservando o nome de cristão, nega algumas das verdades que se devem crer com fé divina e católica ou dela duvida, é HEREGE. Se afasta-se totalmente da fé cristã, é APÓSTATA. Se recusa submeter-se ao Sumo Pontífice (o Papa) ou tratar com os membros da Igreja aos quais está sujeito, é CISMÁTICO” (Direito Canônico 1.325, párag. 2).

Então, por esse raciocínio e decreto de Roma, os milhões de crentes no mundo são hereges e cismáticos porque negam muitas das “verdades” da fé católica romana, não se submetem ao Sumo Pontífice, e só reconhecem Jesus Cristo como autoridade máxima da Igreja. Portanto, em suma, a INQUISIÇÃO foi um tribunal eclesiástico criado com a finalidade de investigar e punir os crimes contra a fé católica romana. Quanto a nós protestantes, evidentemente nunca tivemos isso.

As igrejas protestantes nunca tiveram esse tipo de autonomia, embora os calvinistas tenham chegado perto, às vezes. Ainda assim, se você olhar para o caso de Miguel Serveto, por exemplo, você verá que Calvino acusou Serveto perante as autoridades civis. O Consistório (a companhia de pastores, liderado por Calvino) não tinha autoridade para condenar Serveto em si, como a Inquisição Católica teria feito. A opinião de Calvino teve peso é claro, Calvino afirmou 7 anos antes de Serveto ser preso que, se a opinião dele tiver peso, Miguel não sairia de Genebra vivo. Contudo, o fato é que a opinião de Calvino a favor ou contra Servet não faria nenhuma diferença já que ele não tinha tal autoridade no julgamento de Servet que já havia sido condenado pelos inquisidores católicos a morte.

Um Fator Comum
O fanatismo que levou os católicos ao assassinato era geralmente associado com a Eucaristia e a hóstia, que, de acordo com a igreja, tornavam-se literalmente o corpo e sangue de Cristo na missa, através do suposto milagre da “transubstanciação”. Cristãos verdadeiros, independentes de Roma, não aceitavam essa doutrina. A Bíblia claramente ensina que Cristo morreu uma vez pelos pecados do mundo, ressuscitou fisicamente, e agora está vivo à mão direita do Pai num corpo glorificado, e nunca mais morrerá. Então, nenhuma hóstia poderia se tornar literalmente o corpo de Cristo e ser oferecida repetidamente nos altares católicos numa suposta repetição de Seu sacrifício na cruz.

Pela rejeição da doutrina da transubstanciação, centenas de milhares de cristãos foram queimados na fogueira pelos católicos romanos. O historiador da igreja R. Tudor Jones escreve que “a maioria dos mártires eram pessoas comuns, inclusive muitas mulheres… Os longos interrogatórios de um grande número dessas pessoas ainda existem e eles se concentram em assuntos tais como suas crenças sobre a Bíblia [Roma afirmou ser a única que podia interpretá-la] e sua autoridade [que Roma afirmou residir na igreja ao invés de na Escritura], transubstanciação” e outras doutrinas católicas inaceitáveis a cristãos. (R. Tudor Jones, The Great Reformation (InterVarsity Press), p. 164).

John Foxe foi uma testemunha e um historiador meticuloso da forte perseguição na Inglaterra nessa época. Seu Book of Martirs (Livro dos Mártires) contém registros detalhados de muitos julgamentos e muitas execuções públicas daqueles que a Igreja Católica Romana julgava hereges dignos de morte. Suas descrições de cristãos sendo queimados na fogueira falam da sua coragem diante de uma morte tão terrível e da determinação do catolicismo romano de exterminar em todo lugar os verdadeiros cristãos que se opusessem a ele.

Ficaram registros semelhantes dos massacres dos judeus nas mãos da Igreja Católica. Geralmente suas mortes, como as dos mártires cristãos, resultaram da crença católica romana de que a hóstia tornava-se literalmente o corpo de Cristo. Em 1243, “toda a população judaica de Belitz, perto de Berlim, foi queimada viva pela acusação de alguns deles terem violado a hóstia consagrada“. Em 1298, “todos os judeus em Rottingen foram queimados vivos, acusados de desecrar uma hóstia sacramentada“. (Will Durant, História da Civilização.Vol. IV, p. 391).

Em Deggendorf toda a comunidade judaica foi massacrada por supostamente roubar e “torturar” uma hóstia consagrada. Quem esqueceria a inscrição na igreja católica naquela pacata cidade que durante séculos, sob uma pintura comemorativa do massacre dos judeus, proclamava em triunfo “cristão”: “Deus permita que a nossa pátria seja para sempre livre dessa escória infernal“! (Guenter Lewy, The Catholic Church and Nazi Germany (McGraw-Hill, 1964), pp. 272-273).

E quem pode negar que séculos de tal fanatismo preparariam a Alemanha para a “solução final” de Hitler? E ainda tem os tais “apologistas” católicos me tem a falaciosidade em insinuar que foi Lutero quem deu origem ao nazismo de Hitler (leia este artigo).

Rindfleisch, um barão católico devoto, “organizou e armou um bando de cristãos [católicos romanos] jurados a matar todos os judeus; eles exterminaram completamente a comunidade judaica de Wurzburg, e assassinaram 698 judeus em Nuremberg. A perseguição se espalhou e, em meio ano, 140 congregações judaicas foram destruídas.” Em 1236, soldados da cruzada “invadiram as colônias judaicas de Anjou e Poitou… e ordenaram que todos os judeus fossem batizados; quando os judeus se recusaram, os soldados pisotearam 300 deles sob os cascos de seus cavalos.” (Durant, op. cit., Vol. IV, pp. 391,393-94).

Com este histórico, o tratamento de Hitler aos judeus não é tanto um caso isolado quanto uma continuação do que estava acontecendo há séculos promovido pelo catolicismo romano. Lech Walesa, um católico romano devoto, declarou recentemente na TV: “Uma gangue de judeus tomou conta dos nossos recursos e explorou nossa terra, e seu objetivo é nos destruir.” Hitler fez as mesmas acusações para preparar a Alemanha para sua “solução final” do problema judeu.

Não é novidade pra nós, um fator muito peculiar do catolicismo que é o de, descaradamente acusar os outros daquilo que a Igreja Romana fez por séculos. De certo que lideres protestantes tiveram algum garu de participação na morte de outras pessoas, contudo tal ação não era incentivada como sendo cristã. Já no catolicismo, as atrocidades eram incentivadas de alto a baixo como válidas e sob a benção dos papas. Um escritor católico registrou:

Dos oitenta papas seguidos desde o século treze, nenhum desaprovou a teologia e os aparatos da Inquisição. Pelo contrário, um após o outro acrescentou as suas próprias crueldades aos trabalhos dessa máquina mortífera.” (Peter de Rosa, Vicars of Christ: The Dark Side of the Papacy (Vigários de Cristo: O Lado Negro do Papado). Crown Publishers, 1988, pp. 175-76.

Daí o que se percebe é que, o que os militantes católicos não sabem ou querem esconder, é que a Inquisição Católica consumiu centenas de vezes mais não-católicos-romanos do que qualquer perseguição promovida por protestantes. Durante séculos, antes e depois da Reforma, por cerca de 1.200 anos, a Igreja Católica Romana, ao mesmo tempo em que estava matando judeus aos milhares, passou a torturar e matar cristãos aos milhões (veja notas no fim do artigo). Um dos historiadores católicos mais respeitados do século dezenove escreveu:

Através da… atividade incansável dos papas e seus legados… a posição da Igreja era .. [que] todo desvio do ensinamento da Igreja, e toda oposição importante a qualquer ordenança eclesiástica, deviam ser punidos com morte, e a mais cruel das mortes, pelo fogo… Eram os papas que incentivavam bispos e padres a condenar os heterodoxos à tortura, confisco de seus bens, aprisionamento, e morte, e impor a execução dessa sentença às autoridades civis, sob pena de excomunhão… Todo papa confirmava ou acrescentava aos artifícios de seu antecessor… [envolvendo] a Inquisição, que contradizia os princípios mais simples da justiça cristã e o amor ao próximo, e teria sido rejeitada com horror universal na igreja primitiva.” (J.H. Ignaz von Dollinger, The Pope and the Council (O Papa e o Concílio). Londres, 1869, pp. 190-93).

A maioria dessas vítimas foram verdadeiros seguidores de Cristo, que através dos séculos recusaram aliar-se ao papa ou sua Igreja e que ao invés disso procuraram seguir a Bíblia como seu guia em todos os assuntos de fé e prática. Como resultado eles foram odiados, caçados, perseguidos, torturados, e massacrados pela Igreja Católica Romana em nome de Cristo, em completa oposição a tudo que Cristo ensinou. Esse falso “cristianismo” sediado em Roma se tornou tão sanguinário quanto o islamismo, e em muitos casos, pior.

Portanto a Reforma que ocorreu no século dezesseis sob a liderança de Martinho Lutero, teve uma enorme importância. Multidões começaram a ler a Bíblia por conta própria e como resultado foram libertos do engano de que a Igreja Católica Romana tinha as chaves do céu. Ao invés de seguirem o papa, eles se tornaram seguidores de Jesus Cristo.

Por esse época, além de outros motivos, o ex-católico Martinho Lutero, um dos expoentes da Fé Reformada, teve a coragem de protestar contra a venda de indulgências, um comércio que estava denegrindo o Cristianismo. A partir daí, o Cristianismo, sob a graça de Deus, seguiu seu caminho livre das heresias. A ruptura foi necessária num momento em que o catolicismo romano pretendia se estender por todo o mundo, sempre com a ameaça de colocar na fogueira seus opositores. Então o Cristianismo seguiu seu caminho com a verdade bíblica, tendo unicamente Jesus como Senhor, Mediador, Advogado e Intercessor, conforme as Escrituras.

Para além da sua jurisdição…
O catolicismo atacou muçulmanos nas Cruzadas, seus missionários católicos nas Américas tentaram converter os nativos sob ameaça de morte. Carlos Magno e outros imperadores romanos espalharam o catolicismo romano pela espada ao mesmo tempo que os muçulmanos espalhavam o islamismo pelo mesmo meio. Qualquer “cristianismo”, no entanto, que tenha sido difundido pela espada foi uma fraude. Qualquer pessoa que afirma ou afirmou ser um cristão e age ou agiu com violência contra outra pessoa, tanto para defender ou difundir a fé “cristã”, está e estava agindo em clara oposição aos ensinamentos da Bíblia e de Cristo e Seu exemplo. Isso não é cristianismo!

Portanto um “cristão”, que participou das Cruzadas e matou judeus para tomar a Terra Santa para a Igreja, ou qualquer pessoa que se uniu às cruzadas ainda mais violentas e extensas contra os albigenses, valdenses, hussitas, ou huguenotes, e massacrou esses e outros cristãos que recusaram a aliança com a Igreja Católica Romana, não era um verdadeiro cristão. Tal pessoa estava agindo em oposição direta tanto ao ensino quanto ao exemplo de Jesus Cristo. Lembre-se da acusação citada acima por aquele historiador católico do século dezenove contra a sua própria igreja pela tortura e pelo assassinato daqueles que se opuseram a ela: “[A Inquisição] contradizia os princípios mais simples da justiça cristã e do amor ao próximo, e teria sido rejeitada com horror universal na Igreja primitiva.” (J.H. Ignaz von Dollinger, op. cit., pp. 190-93).

As Cruzadas Romanas tinham também outras intenções
É bem certo e historicamente demonstrado que a separação definitiva entre a Igreja do Ocidente com “Papa” e as Igrejas do Oriente, não se processou com o Patriarca Fócio, no século IX, nem com o Patriarca Miguel Celurário, no século XI (1054). Apesar das divergências havidas entre ambas as Igrejas, principalmente a questão do Filioque e dos Búlgaros, a unidade foi mantida. Os Patriarcas Orientais e Ocidental permaneceram em comunhão, pelo menos parcial e, mesmo em Constantinopla, as Igrejas e mosteiros latinos continuaram a existir.

A divisão foi efectuada durante vários séculos por vários motivos, mas ruptura definitiva e verdadeira produziu-se na época das Cruzadas, que foram totalmente nefastas para as relações entre as duas partes da Cristandade. Os bispos orientais foram substituídos por latinos. O golpe de graça nos vestígios de unidade que ainda existiam foi dado, principalmente, pela famosa Quarta Cruzada, em 1198. A armada veneziana, que transportava os Cruzados para a Terra Santa, desviou-se até Constantinopla, e cercou a “Cidade Guardada por Deus.” Relíquias, museus, obras de arte, e tesouros bizantinos, saqueados pelos Cruzados para a Terra Santa, enriqueceram, inteiramente, todo o Ocidente. Até um patriarca veneziano, Tomás Marosini, se apossou do assento de Fócio, de acordo com o Papa Inocêncio III.

A mentalidade do século XX, mesmo no Ocidente, não pode deixar de recordar-se com profunda revolta e indignação, dos actos dos cruzados contra os fiéis da Ortodoxia neste infeliz Oriente, mormente em Constantinopla, no ano de 1204, quando lançaram o Imperador Alexe V do cume do Monte Touros, matando-o. Destituíram o Patriarca legalmente escolhido, João e, no seu lugar, colocaram um cidadão de nome Tomás Marosini. Em Antioquia, no ano de 1098, despojaram o Patriarca legítimo, João e, no seu lugar, colocaram um de nome Bernard. Em Jerusalém, compeliram o Patriarca legal, Simão, a afastar-se da Sé e substituíram-no por um chamado Dimper.

Os abusos dos cruzados devem ser considerados, no mínimo, actos de inimizade, além de violação do direito. Vieram ao Oriente, alegando a “salvação dos lugares santos das mãos dos muçulmanos árabes,” mas o objectivo era bem outro. Quando passaram por Constantinopla e a ocuparam na terça-feira, 13 de abril de 1204, depois de um cerco mortífero que durou sete meses, ficaram deslumbrados com sua civilização e riquezas, atacaram os seus habitantes, assaltaram os seus museus e lojas, roubaram os seus palácios e igrejas, destruíram a nobre cidade do Bósforo e incendiaram-na, depois de praticarem actos de rapina e pilhagem, não deixando nenhum objecto de valor ou utensílio de utilidade doméstica.

Os cruzados permaneceram em Constantinopla de 1204 a 1261, quando foram obrigados a evacuá-la, no dia 15 de agosto, festa da Assunção de Nossa Senhora, pelo General Alexe Estratigopolos, sob o governo do Imperador Miguel Paleólogos, que reconquistou a Capital. Depois, os cruzados foram definitivamente aniquilados na Palestina em 1291. O cisma estava consumado e, apesar dos desejos e dos esforços conjugados nesse sentido, não houve nenhuma possibilidade de sanar a ruptura até ao dia de hoje. A esperança de união não conseguiu converter-se em feliz realidade, como todos apelavam. Essa ânsia motivou três concílios: de Bai, Apúlia, em 1098; de Leão, em 1274; e de Florença, entre 1438 e 1439.

Infelizmente, porém, não se conseguiu, em nenhum deles, a ansiada união de todos os cristãos numa única Igreja, debaixo de uma só autoridade: Cristo. Somente Deus e as orações farão possível a união de ambas as Igrejas. Todos os esforços que se realizam actualmente em todo o mundo serão em vão e condenados ao fracasso se não se apoiarem na oração e no sacrifício. É necessário, inicialmente, que se eliminem e desapareçam totalmente os ataques, as pregações condenatórias e o tratamento de hereges e cismáticos prodigalizados, abundantemente, pela Igreja de Roma contra a Igreja Ortodoxa e outras denominações cristãs. (Após o último Concílio Ecuménico de Roma, cessaram os ataques contra a Igreja Ortodoxa e aos demais cristãos, o que a partir do Concilio Vaticano II passou a ser considerado algo extremamente anti-cristão por parte de Roma, os ataques que os fiéis católicos venham a fazer contra os considerados por ela, como “irmãos separados”).

O fanatismo ressurgente dos que não se coadunam com as decisões de sua própria igreja.
Em muitas discussões que tive com militantes católicos, tive o desprazer de ver que muitos consideram a inquisição como algo santo, que foi necessário, muitos ainda tem a mesma mentalidade que o Papa Inocêncio III, a de exterminar aqueles que não se submetem a Roma. Assim pensam muitos militantes católicos que se intitulam pela rede como Cruzados Católicos, e outros militantes a exemplo do caifarsiano Paulo Leitão, um dos moderadores de diversas páginas católicas que vivem a promover ataques contra evangélicos, ataques recheados de calunias e difamações sempre baseadas em versões espantalhos de nossas objeções.

Eis o que dizem:

Percebam que tais militantes católicos, mantém um certo pensamento um tanto que extremista não é mesmo? Mas, qual a intenção desse extremismo?? Até onde iriam com esse extremismo?

Vejam o print abaixo:

Nem é preciso explicar, a militância católica mantém o mesmo espirito homicida da idade média, vejam outro comentário asqueroso:

Na imagem acima, identifico o católico como “caótico qualquer”, perceba que ele não nega atrocidades da inquisição, ele simplesmente e estranhamente defende as atrocidades dizendo que os hereges é que foram queimados. No entanto, herege ou não, não foi isso que Cristo ensinou.

Durante a primeira parte de seu ministério, Jesus Cristo foi abordado por dois de seus discípulos — Tiago e João — que tinham acabado de voltar da pregação da mensagem do evangelho por todo o Israel. Esses dois discípulos estavam aborrecidos, porque algumas cidades inteiras tinham recusado ouvir sua mensagem; eles perguntaram ao Senhor:

Senhor, queres que digamos que desça fogo do céu e os consuma, como Elias também fez?” [Lucas 9:54].

Jesus Cristo ficou horrorizado e respondeu:

Vós não sabeis de que espírito sois. Porque o Filho do homem não veio para destruir as almas dos homens, mas para salvá-las.” [Lucas 9:55-56].

Vamos repetir essa frase pertinente aos amigos católicos: “o Filho do homem não veio para destruir as almas dos homens“.

Em nenhum lugar nas Sagradas Escrituras Jesus matou alguém que discordasse dele, tampouco ensinou que seus seguidores fizessem isso. Nenhum dos apóstolos deu essa instrução à igreja mais tarde no Novo Testamento.

De fato “A Inquisição foi possível porque deu-se mais importância ao Direito Canônico, à unidade da Igreja e do Estado do que à Escritura e aos Santos Pais“. (Pe. José A. Besen).

Esses católicos militantes que defendem ou negam as atrocidades da inquisição, deveriam ler o que Pier Damiani (1007-1072) afirmou orgulhosamente: “os santos estão dispostos a sacrificar a própria vida pela fé, mas nunca a matar hereges“.

Podemos até entender o mundo em que surgiu e progrediu a Inquisição, mas nunca justificá-la. Ela é um atentado ao Senhor misericordioso e paciente, um atentado à dignidade humana, um atentado às convicções religiosas das pessoas, como se os hereges estivessem na heresia por divertimento. Não se pode anunciar o Salvador que morre pelos inimigos torturando, prendendo, matando. E mais uma vez, lembre-se do que disse certamente aquele historiador católico do século dezenove contra a sua própria igreja pela tortura e pelo assassinato daqueles que se opuseram a ela: “[A Inquisição] contradizia os princípios mais simples da justiça cristã e do amor ao próximo, e teria sido rejeitada com horror universal na Igreja primitiva.

Mas, infelizmente, o proselitismo da militância católica não acaba por aqui, apoiados num certo estoricismo (diferente de história) os militantes católicos fazem os mais diversos malabarismos e distorções, para sustentar que nunca houve uma inquisição católica do tipo documentado acima, eles vão além e insistem em dizer que o certo, é que houve a dita “inquisição protestante”.

Abaixo estão listadas as principais desinformações que eles propagam na internet. E infelizmente, para eles, tais falsas acusações ou tentativas de defesa deles, são completamente refutáveis….

Ei-las:

1 – Dizer que a inquisição protestante foi maior que a católica.
Resposta:
 Nunca houve uma inquisição protestante, para existir, deveria haver uma AUTORIDADE PROTESTANTE gerada por doutrina, e perseguições comandadas por suposto amparo doutrinário, (lembrando da regra máxima do protestantismo: SOLA-SCRIPTURA – autoridade SOMENTE pelas escrituras), ora é evidente que uma vez restabelecido o ensino de Cristo de responsabilizarmo-nos pela salvação individual (e não aquela vergonha de vender o ‘céu’ por indulgëncias), e agir como mandam as escrituras (e não ficar bajulando pessoas que escondem pedofilia), NÃO HÁ responsabilização conjunta, cada qual deve ser apontado pelos seus erros doutrinários e impactos oriundos.

Assim é uma falácia imperiosamente hipócrita de generalização indevida, que alguns católicos sabem muito bem ser, mas não ‘abandonam o osso’, pois isto seria reconhecer que nosso método (cada um por-sí, Deus por todos, pelas escrituras) é melhor, pois já faz AGORA a divisão do joio e trigo, enquanto no catolicismo muitos são obrigados a aplaudir o joio.

Já a inquisição católica foi COMANDADA de alto à baixo, comando papal, por concílios (como o de tolouse), foi anuida pelo clero em peso, foram estabelecidos TORTURADORES OFICIAIS, e baseados na velha cantilena mentirosa de ‘fora da ICAR não há salvação’, quando a frase vergonhosamente vaidosa (pecado que fez cair SATANÁS) deveria ser corrigida para: FORA DE CRISTO E SUA PALAVRA não há salvação, pois ESTE é o significado de IGREJA, da qual CRISTO é o cabeça.

2 – Dizer que as mortes na inquisição católica não passam de 1000.
Resposta:
 Conta-se, como bem a história nos ensina, CENTENAS DE MILHARES, a começar pela perseguição dos Albigenses/cataros e tantos outros, pois é evidente que não se contam apenas julgamentos individualizados, MUITO MENOS, a outra mentira astuta de ‘foram os susseranos, governos e reis que faziam’, pois em todos estes casos a Igreja católica tinha poder de vida e morte, poderia poupar, dar clemência, absolver, ou condenar, pouco importando (para pessoas minimamente objetivas sobre honestidade intelectual) se o procedimento tinha sido iniciado por uma queixa de autoridade, em suma – TODOS sabemos que praticamente não havia divisão entre governo e Igreja na idade média.

Recentemente a Igreja Católica Romana resolveu abrir os arquivos do Santo Ofício ou Inquisição, colocando-os à disposição dos pesquisadores. Nesses arquivos constam 4.500 obras sob fatos e julgamentos de quatro séculos da Igreja Católica, conforme noticiado. De acordo com esse poucos documentos, os militantes católicos chegam ao absurdo de calcular apenas 6.000 mortes, outros apelam pra 100, contudo, só em Lisboa consta-se mais de 32 mil documentos, portanto se Portugal tem mais de 30 mil, como é que Roma tem apenas 4.500? É preciso ser muito ignorante seletivo pra negar a farta documentação inclusive católica a respeito.

3 – Fazem das revoltas populares como “inquisição protestante”.
Resposta:
 Nunca houve inquisição oficial protestante, o que aconteceu como o proprio Paul comenta, foi um ou outro governante, convertido ao protestantismo (em termos) ter perseguido revoltosos católicos (esta parte também sempre esquecem, pintando como se fossem sintomáticas contra ovelhas obedientes e pacíficas). Alguns casos houveram perseguições mais desmotivadas, no entanto novamente, frutos INDIVIDUAIS e NÃO institucionais, os católicos que assim acusam, talvez queiram é justificar os ateus que acusam os padres de serem pedófilos (generalização pela generalização, embora neste caso os ateus teriam mais razão, já que É UM DESVIO DOUTRINÁRIO que dá combustível a isto, a proibição do casamento, em CLARO CONTRÁRIO à Santa Palavra). Por fim, muitas vezes os defensores católicos ‘esquecem-se’ de relatar quem começou o que e como.

4 – João Servet, o descobridor da circulação do sangue, foi queimado em Genebra, por ordem de Calvino. (Acreditem, está assim mesmo João Servet… em todos os sites e blogs católicos)
Resposta:
 João Calvino era Francês, um estrangeiro não podia votar no tribunal de Genebra, embora ele concordasse com a Execução de Serveto. Outra coisa, Miguel de Serveto, não João de Serveto, descobriu a circulação pulmonar do sangue. Quem descobriu a circulacão sanguinea foi o inglês Willian Harvey, que deve ter se baseado em muito de Serveto com certeza.

5- O historiador protestante Henry Hallam afirma: ‘A tortura e a execução dos jesuítas no reinado de Isabel Tudor foram caracterizadas pela selvageria e o dano físico’.
Resposta:
 A filha de Henrique VIII e Catarina de Aragão a “Bloody Mary”, católica ardente tentou devolver a Inglaterra ao catolicismo, em 3 anos matou 300 protestantes. Elizabeth I Protestante reinou 45 anos e matou duzentos católicos.

6 – Na Escócia presbiteriana de John Fox, durante um período de seis anos, foram queimadas mais de 1.000 (mil) mulheres acusadas de feitiçaria.
Resposta:
 Não é John Fox e sim John Knox, John Fox ou Foxe, é o escritor do livro dos mártires.

7- É um mito a afirmação de que a prática da tortura foi uma arma católica na Inquisição.
Resposta:
 Mito é a afirmação católica acima. No “Livro das Sentenças da Inquisição” (Liber Sententiarum Inquisitionis) o padre dominicano Bernardo Guy (Bernardus Guidonis, 1261-1331), “um dos mais completos teóricos da Inquisição”, descreveu vários métodos para obter confissões dos acusados, inclusive o enfraquecimento das forças físicas do prisioneiro”.

Usava-se, dentre outros, os seguintes processos de tortura: a manjedoura, para deslocar as juntas do corpo; arrancar unhas; ferro em brasa sob várias partes do corpo; rolar o corpo sobre lâminas afiadas; uso das “Botas Espanholas” para esmagar as pernas e os pés; a Virgem de Ferro: um pequeno compartimento em forma humana, aparelhado com facas, que, ao ser fechado, dilacerava o corpo da vítima; suspensão violenta do corpo, amarrado pelos pés, provocando deslocamento das juntas; chumbo derretido no ouvido e na boca; arrancar os olhos; açoites com crueldade; forçar os hereges a pular de abismos, para cima de paus pontiagudos; engolir pedaços do próprio corpo, excrementos e urina; a “roda do despedaçamento funcionou na Inglaterra, Holanda e Alemanha, e destinava-se a triturar os corpos dos hereges; o “balcão de estiramento” era usado para desmembrar o corpo das vítimas; o “esmaga cabeça” era a máquina usada para esmagar lentamente a cabeça do condenado, e outras formas de tortura.

8 – Houveram muitos massacres protestantes.
Resposta:
 Os católicos não foram menos tolerantes:

Com a promessa de irem diretamente para o Céu, sem passagem pelo purgatório, muitos homens eram exortados pelos inquisidores para guerrearem contra os hereges. No ano de 1209, em Beziers (França), 60 mil foram martirizados; dois anos depois, em Lauvau (França), o governador foi enforcado, sua mulher apedrejada e 400 pessoas queimadas vivas. A carnificina se espalhou por outras cidades e milhares foram mortos. Conta-se que num só dia 100.000 hereges foram vitimados. Depois de acusados, os hereges tinham pouca chance de sobrevivência. Geralmente as vítimas não conheciam seus acusadores, que podiam ser homens, mulheres e até crianças. Os católicos, promoveram a matança dos valdenses, huguenotes, albigenses, na Espanha mais de 10 mil pessoas foram queimadas vivas, mataram milhares de anabatistas, houve massacres em Portugal, em Portugal, o número de sentenciados atingiu 23.068, dos quais 1.554 condenados à morte. Na torre do Tombo, em Lisboa, estão registrados mais de 36.000 processos.

Essas objeções acima, são encontradas em qualquer blog ou site católico….. e aqui, foi dado apenas uma breve refutação a tais lorotas. Mais a frente disponibilizarei um artigo com dados e fontes precisas sobre as atrocidades católicas, eis algumas delas abaixo:

Inglaterra:
Henrique VIII, antes de romper com o Papa, atacou o luteranismo a ponto de ser chamado de defensor da fé pelo mesmo. Escreveu defendendo os sete sacramentos. A filha de Henrique VIII, a “Bloody Mary” tentou devolver a Inglaterra ao catolicismo, matou 300 protestantes em 3 anos. Elizabeth II matou 200 católicos em 45 anos de reinado.

França:
Catarina de Médici, juntamente com Duques Católicos, arquitetou matar o líder Huguenote Gaspard de Coligny, como o assassino errou o alvo, eles decidiram matar os Huguenotes antes de contra atacarem. Na noite de 24 de Agosto de 1572, noite de São Bartolomeu, tropas católicas trucidaram os Huguenotes em Paris. A cabeça de Coligny foi enviada a Roma e o Papa Gregório XIII, a recebeu alegremente. O Papa cunhou uma medalha celebrando a Vitória da Rainha…

Países Baixos:
A Rainha Maria da Hungria, ordenou a execução de todos os hereges, tomando cuidado para que a província não fosse despopulada. Quem se retratasse se livraria da fogueira. O Rei espanhol Felipe II, governante da Holanda e Bélgica, era obcecado por deter o Protestantismo, promoveu massacres na Antuérpia e massacrou Protestantes no Haarlem em 1573.

Escócia:
O Cardeal David Beaton mandou para fogueira os lideres Protestantes Patrick Hamilton e George Wisharr, seus seguidores mataram Beaton e o penduraram no Castelo. John Knox e seus companheiros foram embarcados como escravos em galés. A Rainha Escocesa Mary de Lorraine, católica, declarou os Protestantes hereges provocando insurreições. Posteriormente a sua morte a francesa Mary, torno-se Rainha, conspirou contra o seu marido e se casou com o chefe dos assassinos. Os proprietários de terra se revelaram a derrotaram e prenderam no Castelo.

Guerra dos Trinta Anos:
Começou porque os Católicos dos Habsburgos queriam eliminar os Calvinistas. No palácio Imperial de Praga, nobres Protestantes atiraram dois ministros Católicos pela janela. Os exércitos Católicos no decorrer dizimaram os Protestantes e o Imperador Ferdinando II decidiu erradicar o Protestantismo. Os Protestantes pediram ajuda a Cristiano IV da Dinamarca, mas este acabou derrotado. Adolfo da Suécia marchou sobre a Alemanha para resgatar seus companheiros de credo, os católicos enquanto isso massacraram os Protestantes de Magdeburgo, o Rei Gustavo foi morto e suas tropas se vingaram nos camponeses católicos. A França Católica por questões políticas ficou ao lado dos Protestantes. A paz de Westphalia encerrou a guerra, prescrevendo o fim do controle Papal sobre governos civis.

P.s: Esse assunto é muito vasto, você pode ler mais em outros artigos aqui no site, logo postarei outros de minha autoria.

Fonte: Todas as informações veiculadas nestes artigos, podem ser encontradas nas referências abaixo:

– Dave Hunt- Jerusalém, um Calice de Tontear.
– Will Durant – História da Civilização.
– Maria Nazareth Alvim de Barros – Deus Reconhecera os seus, a historia secreta dos cataros.
– Didier Lahon – Inquisicao pacto com o demonio e “magia” africana em Lisboa no seculo XVIII.
– Michael Baigent – A Inquisição.
– João Bernardino Gonzaga – A Inquisição em seu mundo.
– Jacopo Fo – O Livro Negro do Cristianismo – Dois Mil Anos de Crimes em Nome de Deus.
– Malleus Maleficarum – Os instrumentos de tortura usados na inquisição.
– Carlo Ginsburg – Os Andarilhos do Bem.
– Sérgio B. de Holanda – História Geral da Civilização
– Friedrich von Spee – Cautio Criminalis
– Leonardo Sciascia – Morte dell’Inquisitore.
– Arquivos sobre a Inquisição da Fundação Nobel, em Estocolmo – Arquivos do Estado de Bamberg, Bavaria Alemanha – Bamberg Staatsbibliothek Deutchland.
– David Gitlitz (especialista em História Medieval), Stephen Haliczer (historiador), Charmaine Craig (escritor) e Joseph A. Di Noia (teólogo e reverendo).
– Régine Pernoud – Luz Sobre a Idade Média.
– Johon Folaine – O Segredo do Vaticano.
– Johann Joseph Ignaz von Döllinger – O Papa e o Concílio.
– Peter de Rosa – Vigários de Cristo: O Lado Negro do Papado.
– Jeovah Mendes – Os piores assassinos e hereges da história – 30 Papas que envergonharam a história.
– Ralph Woodrow – Babilônia: a religião dos mistérios.
– Paul Johnson, História do Cristianismo.

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Obs: O que é mais perturbador nessa história sobre inquisição, não é o número de pessoas condenadas à morte pela Inquisição, mas o fato de que foram levados a julgamento todos aqueles que estavam deixando a doutrina católica.

Nota 1: Quanto ao número de vítimas da Inquisição não há forma de determinar com precisão. Então a maior parte dos números que se avançam ou diminuem, quer sejam feitos por católicos ou protestantes, são apenas palpites particulares. No entanto, há uma fonte que é mais que um mero palpite, porque obedece a uma metodologia de cálculo, e portanto merece credibilidade científica. A fonte é a Oxford World Christian Encyclopedia que é uma obra de referência padrão. Pode-se citá-la como factual, e as suas referências são aceites na academia.

World Christian Encyclopedia (2001): This book is the standard reference work for religious statistics of all kinds, both Britannica and the World Almanac cite from it.

CONFESSION OF VICTIMS, AD 33-2000
(total martyrs of each tradition)
Orthodox 42,798,000
Russian Orthodox 21,626,400
East Syrians (Nestorians) 12,379,000
Ukrainian Orthodox 3,500,000
Gregorians (Armenian Apostolic) 1,215,100
Roman Catholic 12,210,000.

Catholics (before AD 1000) 855,000

Independents 3,512,000
Protestants 3,172,000
Anglicans 1,046,000
Marginal Christians 6,700
other and background martyrs 6,675,700

PERSECUTORS AND THEIR VICTIMS,
AD 33-2000
Persecutors responsible Martyrs
State ruling power 55,871,000
Atheists (overlap with above) 31,689,000
Muslims 9,121,000
Ethnoreligionists (animists) 7,469,000
Roman Catholics 5,171,000
Quasi-religionists 2,712,000
Buddhists (Mahayana) 1,651,000
Hindus 676,000
Zoroastrians (Parsis) 384,000
Eastern Orthodox 222,000
Other non-Christians 115,000
Other Christians 146,000
SUBTOTALS:
Non-Christian persecutors 63,882,000
Christian persecutors 5,538,000
Total all martyrs 69,420,000

(o marcado em azul refere-se ao numero de martires católicos ao longo dos séculos, o marcado em vermelho, refere-se ao numero de mortos devido perseguições promovidas pela Igreja Romana).

Fonte – http://www.gordonconwell.edu/resources/documents/gd16.pdf

Essa mesma fonte é citada por católicos para levantarem dados sobre o numero de massacres cometido pelo ateísmo:

Como se pode ver, este estudo aponta para cerca de 5 milhões as vitimas do Catolicismo Romano. Portanto, deve-se admitir que a carnifícina foi ainda maior do que aquilo que muitos imaginam, e que na verdade pode ascender à casa dos milhões o número de vítimas do Catolicismo Romano. Outra fonte usada também por católicos calcula as mortes a casa de poucos milhares, cerca 6.405.

No entanto, basta ter havido só uma vítima para que a culpa de derramamento de sangue inocente não possa ser negada à instituição vaticana e a sua integridade questionada. Muitos católicos dizem que a “Igreja é santa”, querendo com isto afirmar uma impecabilidade moral e doutrinal do romanismo que é pura fantasia.

Nota 2:
O catolicismo romano não foi estabelecido quando o cristianismo se tornou a religião oficial do império romano. Nem foi estabelecido num determinado momento na história (como também não foi a ortodoxia oriental ou o protestantismo), mas é o catolicismo romano, resultado de vários acontecimentos históricos e de um longo processo de desvios na doutrina e práticas que se sucederam ao longo dos séculos na Igreja de Roma.

É certo que se o cristianismo não se tivesse tornado a religião oficial do império romano, a Igreja de Roma nunca teria tido a influência desmesurada que teve no Ocidente, e nunca teria existido o catolicismo romano, mas esse acontecimento não foi a única nem a suficiente causa para o surgimento do que hoje conhecemos como Igreja Católica Apostólica Romana, que além de uma instituição religiosa é um Estado independente.

O catolicismo não se tornou oficial quando o cristianismo foi tolerado a partir de Constantino, ele passou a ser definido, a partir de 380 com o decreto dos imperadores, ficou estabelecido que a partir daquele momento, o cristianismo interpretado por Roma, era a unica forma aceita, a partir dai, é que o declínio se tornou cada vez maior!!!

Não confundir o Cristianismo Antigo com o Catolicismo Romano. Em rigor, só tem cabimento falar de Catolicismo Romano depois do cisma do Oriente ocorrido em 1054, para distinguir a Igreja de Roma das Igrejas Ortodoxas orientais e outras independentes de Roma.

Antes desta data deve falar-se em Igreja de Roma, Igreja do Norte de África, Igreja de Alexandria, Igreja de Jerusalém, Igreja Grega etc. Todas estas igrejas eram independentes, sendo que através de concílios ecuménicos mantinham uma comunhão universal (católica) de igrejas.

Assim, no século IV a jurisdição da Igreja de Roma limitava-se à cidade de Roma e aos seus subúrbios. É claro que umas igrejas eram mais importantes politicamente que outras. A Igreja de Roma, sendo a Igreja da capital do Império e a única “sé apostólica” do Ocidente, tinha uma grande importância religiosa e política. Se o bispo de Roma não subscrevesse as decisões de um concílio ecuménico havia um grande problema político e religioso no Império.

Ora, este equilíbrio de Igrejas com o tempo foi desfeito à mesma medida que ia sendo desfeito o império, porque as Igrejas do Norte de África foram perdendo força até desapareceram com as invasões Árabes. Com as Igrejas de Alexandria e Jerusalém ocorreu a mesma coisa e praticamente desapareceram após as invasões Árabes. De modo que restaram apenas dois grandes centros da cristandade. A Igreja de Roma e a Igreja de Constantinopla.

Foi só no ano de 445 que o bispo de Roma Leão Magno conseguiu do imperador, que nessa altura já se tinha mudado para o Oriente, a jurisdição sobre todo o Ocidente. O Império Romano do Ocidente estava em decadência e poucos anos depois acabou por cair.

Então a Igreja de Roma ficou livre do Estado imperial e do imperador, e ganha ainda mais força política, porque no meio do caos instalado vai ocupar o poder político e temporal deixado vago pelo Império. O bispo de Roma torna-se assim praticamente como um novo imperador do Ocidente. No século VIII, o papado apoiado numa falsificação chamada Doação de Constantino cria os Estados pontifícios e não quis deixar o poder temporal senão até data recente. Enquanto isso a Igreja no Oriente continuava sob a alçada do Império Romano do Oriente e dos imperadores.

Nota 3:
Este decreto é chamado o Édito de Tessalónica:
(http://en.wikipedia.org/wiki/Edict_of_Thessalonica)

O que resulta deste Édito é o fim da liberdade religiosa no Império Romano, que tinha sido concedida pelo imperador Constantino cerca de 70 anos antes, e proclama o cristianismo (não o catolicismo romano!) como a religião oficial do império.

Coloco em seguida todo o texto do decreto traduzido da mesma obra que refere:

Desejamos que todas as pessoas, sob a influência benigna das nossas regras de clemência, voltem-se para a religião que a tradição desde Pedro até aos dias de hoje declara ter sido entregue aos Romanos pelo bem-aventurado Pedro Apóstolo, a religião que é claro o Pontífice Dâmaso e Pedro, Bispo de Alexandria, um homem de santidade apostólica, seguem; esta fé é que creiamos, de acordo com a disciplina apostólica e a doutrina evangélica, que há um Deus, Pai, Filho e Espírito Santo, em igual Majestade e uma santa Trindade. Ordenamos que aqueles que seguem esta doutrina recebam o título de Cristãos Católicos, mas os outros, nós os julgamos serem loucos e delirantes e dignos da desgraça resultante do ensinamento herético, e as suas assembléias não são dignas de receber o nome de igrejas. Eles devem ser punidos não só pela retribuição divina mas também pelas nossas próprias medidas, que decidimos de acordo com a inspiração divina. Dado na terceira calenda de março em Tessalônica, Graciano e Teodósio sendo cônsules.

O decreto refere-se a doutrina ortodoxa da Trindade estabelecida em Niceia. Os outros “loucos e delirantes” e as assembleias que não devem ser chamadas de igrejas são os grupos hereges antitrinitários (como os arianos, patripassianos, novacianos etc.), que não se tinham dado por vencidos após o concílio de Niceia e continuavam a criar conflitos pelo Império.

Na mesma obra que refere, os autores comentam este Édito dizendo:
Comentário: “Este Édito é o primeiro que definitivamente introduz a ortodoxia Católica como a religião oficial do mundo Romano. Ele marca o fim da grande controvérsia religiosa do século IV sobre a Trindade, ocasionada pela heresia Ariana e suscitando definições do dogma ortodoxo pelos Concílios de Nicéia (325) e de Constantinopla (381). O reconhecimento da verdadeira doutrina da Trindade é tornado a prova de reconhecimento do Estado. A citação da Sé Romana como o modelo de crença correta é significativo, a menção do nome do patriarca de Alexandria com a do papa foi devido à forte defesa da Sé Egípcia da posição trinitária, particularmente sob Santo Atanásio. A última frase do Édito indica que os imperadores contemplam o uso da força física a serviço da ortodoxia, este é o primeiro caso registrado de tal orientação“.

Depois da “cristianização” do Império Romano por Constantino, ocorreram acontecimentos diversos, alguns dos quais contribuíram para afirmar a fé ortodoxa (em sentido estrito) tal como se expressa nas definições e nos Credos dos primeiros concílios ecuménicos que todos os cristãos podem subscrever. O desvio doutrinal com respeito às doutrinas bíblicas não foi súbito, completo nem generalizado. Mas certamente ocorreu e deu lugar ao surgimento do que hoje conhecemos como Igreja Católica Apostólica Romana, com sua estrutura hierárquica, doutrinas e práticas que em muitos casos não são conformes às Escrituras. Isto não significa que no princípio absolutamente tudo fosse mau ou estivesse corrompido para lá de toda a possibilidade de recuperação.

Aqueles que sustentam a tese da apostasia total são geralmente grupos heréticos (os sabatistas [testemunhas de jeová e extremistas do advento] e os mórmons são um caso típico) ou simplesmente ignorantes da complexa história da Igreja.

As doutrinas distintivas da Igreja de Roma e que são aportes propriamente seus são todas muito tardias e desconhecidas para a Igreja antiga, como o dogma da Transubstanciação e delimitação de sete sacramentos, que é necessário para a salvação estar sujeito ao papa, a definição do cânon do AT com inclusão dos apócrifos, a Tradição oral apostólica em pé de igualdade com as Escrituras, a Imaculada Conceição, o primado e a infalibilidade do papa, a Assunção Corporal da virgem Maria, etc.

Em outras palavras, o bom que tem a Igreja de Roma é o que traz da antiguidade (primeiros quatro séculos), que não foi aporte primariamente seu (com excepção da carta de Leão Magno que foi ratificada em Calcedónia). A maior parte do que acrescentou é alheio ou contrário à revelação bíblica.

[Notas adicionadas após breve analise por parte da equipe Conhecereis a Verdade !!!]

Notas acrescentadas em 25/09/2013

Att: Elisson Freire
Firme Fundamento: Os Melhores Artigos da Apologética Cristã


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