Categoria: Acervo
Imagem: O tempo - Voltemos ao Evangelho
Publicado: 24 de Setembro de 2011, Sábado, 13h43
Credo Primitivo
“Porque primeiramente vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado, e que ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras. E que foi visto por Cefas, e depois pelos doze. Depois foi visto, uma vez, por mais de quinhentos irmãos, dos quais vive ainda a maior parte, mas alguns já dormem também. Depois foi visto por Tiago, depois por todos os apóstolos.” (1a Coríntios 15:3-7)
Embora os credos só tenham começado a se desenvolver em períodos posteriores, certas passagens das cartas de Paulo nos apresentam declarações “semi estereotipadas” que, provavelmente, funcionavam como confissões de fé correntes. Uma delas é a afirmação “Jesus é o Senhor”, encontrada em Romanos 10:9 e 1a Coríntios 12:2.
Outra passagem que parece representar esse tipo de ocorrência no cristianismo é 1a Coríntios 15:3-8. É muito significante ressaltar que a construção dessa passagem, em sua forma literária, destoa, de certo modo, do estilo paulino. De acordo com o Centro de Estudos Anglicanos, a proclamação da páscoa, resumida em 1a Coríntios 15:3-8, é, geralmente, reconhecida pelos estudiosos como pré-paulina e, provavelmente, trata-se de uma tradição muito antiga. Esse seria o sentido da declaração: “Entreguei o que também recebi”. Ou seja, uma tradição já utilizada pela Igreja primitiva, que Paulo, agora, fazia questão de relembrar aos seus destinatários.
A expressão pode ser considerada o “credo mais antigo do cristianismo”, mesmo que não possua um caráter tão oficial quanto o que adquiriram, posteriormente, os demais credos, tornando-se, assim, uma das declarações doutrinárias mais importantes, uma vez que foi pronunciada pouco tempo após a morte e ressurreição de Cristo.
Credo dos Apóstolos
Creio em Deus Pai onipotente e em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor, que nasceu do Espírito Santo e da virgem Maria, que foi crucificado sob o poder de Pôncio Pilatos e sepultado, e ao terceiro dia ressurgiu da morte, que subiu ao céu e assentou-se à direita do Pai, de onde há de vir para julgar os vivos e os mortos.
Creio no Espírito Santo, na santa Igreja, na remissão dos pecados, na ressurreição da carne, na vida eterna.
Credo de Cesaréia
Cremos em um só Deus, Pai onipotente, criador de todas as coisas visíveis e invisíveis; e em um só Senhor, Jesus Cristo, Verbo de Deus, Deus de toda a criação, por quem foram feitas todas as coisas; o qual foi feito carne para nossa salvação, tendo vivido entre os homens. Sofreu, ressuscitou ao terceiro dia, subiu ao Pai e novamente virá em glória para julgar os vivos e os mortos. Cremos também em um só Espírito Santo.
Credo de Nicéia
Cremos em um só Deus, Pai onipotente, criador de todas as coisas visíveis e invisíveis; e em um só Senhor, Jesus Cristo, o Filho de Deus, gerado pelo Pai, unigênito, isto é, sendo da mesma substância do Pai, Deus de Deus, Luz da Luz, Deus verdadeiro do Deus verdadeiro, gerado, não feito, de uma só substância com o Pai, pelo qual foram feitas todas as coisas, as que estão no céu e as que estão na terra; o qual, por nós homens e por nossa salvação, desceu, encarnou-se e se fez homem. Sofreu, ressuscitou ao terceiro dia, subiu ao céu, e novamente virá para julgar os vivos e os mortos.
Cremos no Espírito Santo. E a todos que dizem: “Ele era quando não era, e antes de nascer, Ele não era, o que foi feito do não-existente“, bem como aqueles que alegam ser o Filho de Deus de outra substância ou essência, ou feito, ou mutável, ou alterável a todos esses a Igreja católica e apostólica anatematiza.
Credo Niceno
Cremos em um Deus, Pai Todo-Poderoso, criador do céu e da terra, de todas as coisas visíveis e invisíveis; e em um Senhor, Jesus Cristo, o unigênito Filho de Deus, gerado pelo Pai antes de todos os séculos, Luz da Luz, Deus verdadeiro do Deus verdadeiro, gerado, não feito, de uma só substância com o Pai, pelo qual todas as coisas foram feitas; o qual, por nós homens e por nossa salvação, desceu dos céus, foi feito carne por meio do Espírito Santo e da Virgem Maria, e tornou-se homem. Foi crucificado por nós sob o poder de Pôncio Pilatos, padeceu, foi sepultado, ressuscitou ao terceiro dia conforme as Escrituras, subiu aos céus, assentou-se à direita do Pai. Novamente há de vir com glória para julgar os vivos e os mortos e seu reino não terá fim.
Cremos no Espírito Santo, Senhor e Vivificador, que procede do Pai, que com o Pai e o Filho conjuntamente é adorado e glorificado, que falou pelos profetas.
Cremos na Igreja una, santa, católica e apostólica.
Confessamos um só batismo para remissão dos pecados. Esperamos a ressurreição dos mortos e a vida no século vindouro.
Credo de Atanásio
E a fé católica (universal) é esta: adoremos um Deus na Trindade, e a Trindade na unidade. Não confundimos as Pessoas, nem dividimos (separamos) a Substância.
Pois existe uma única Pessoa do Pai, outra do Filho e outra do Espírito Santo.
Mas a Deidade do Pai, do Filho e do Espírito Santo é toda uma só: a glória é igual, a majestade é coeterna.
Tal como é o Pai, tal é o Filho e tal é o Espírito Santo.
O Pai não foi criado, o Filho não foi criado, o Espírito Santo não foi criado.
O Pai é incompreensível (imensurável), o Filho é incompreensível (imensurável) e o Espírito Santo é incompreensível (imensurável).
O Pai é eterno, o Filho é eterno, o Espírito Santo é eterno.
E, no entanto, não são três (seres) eternos, mas há apenas um eterno.
E não há três (seres) que não foram criados e que são incompreensíveis (imensuráveis).
Há, porém, um só que não foi criado e é incompreensível (imensurável).
Assim sendo, o Pai é Todo-Poderoso, o Filho é Todo-Poderoso, o Espírito Santo é Todo-Poderoso.
E, no entanto, não são três (seres) Todo-Poderosos, mas um só é Todo-Poderoso.
Assim, o Pai é Deus, o Filho é Deus e o Espírito Santo é Deus.
E, no entanto, não são três deuses, mas um só Deus.
Igualmente, o Pai é Senhor, o Filho é Senhor, o Espírito Santo é Senhor.
E, no entanto, não são três Senhores, mas um só Senhor.
Pois da mesma forma que somos compelidos pela verdade cristã a reconhecer cada Pessoa, por si mesma, como Deus e Senhor, assim também somos proibidos pela religião católica (universal) de dizer: “Existem três deuses ou três senhores”.
O Pai não foi feito de ninguém: nem criado nem gerado.
O Filho vem somente do Pai: não foi feito nem criado, mas gerado.
O Espírito Santo vem do Pai e do Filho: não foi feito nem criado, nem gerado, mas procedente.
Assim, há um só Pai, e não três pais; há um só Filho, e não três filhos; há um só Espírito Santo, e não três espíritos santos.
E nessa Trindade nenhum é antes ou depois do outro. Nenhum é superior ou inferior ao outro.
Mas todas as três Pessoas são juntamente coeternas e coiguais de tal modo que, em todas as coisas, foi dito, a Unidade na Trindade e a Trindade na Unidade deve ser adorada.
Aquele, pois, que quiser ser salvo, deve pensar assim sobre a Trindade.
Também é necessário para a salvação eterna que se creia, fielmente, na encarnação de nosso Senhor Jesus Cristo.
Pois a verdadeira fé é que creiamos e confessemos que nosso Senhor Jesus Cristo, o Filho de Deus, é Deus e Homem.
(Concordia Triglotta)
Deus da Substância do Pai, gerado antes dos mundos, e Homem da substância de sua mãe, nascido no mundo.
Perfeito Deus e perfeito Homem, tendo alma e subsistindo em carne humana.
Igual ao Pai, referindo-se à sua divindade, e inferior ao Pai, referindo-se à sua humanidade;
O qual, embora seja Deus e Homem, contudo não é dois, mas um só Cristo.
Um, não mediante a conversão da divindade em carne, mas por ter tomado a humanidade em Deus.
Um, juntamente, não por confusão de Substância, mas por unidade de Pessoa.
Pois tal como a alma e a carne formam um só homem, assim Deus e o Homem é um só Cristo.
O qual sofreu pela nossa salvação, desceu ao inferno, ressuscitou dentre os mortos ao terceiro dia.
E ascendeu ao céu. Está assentado à direita do Pai, Deus Todo-Poderoso, de onde virá para julgar os vivos e os mortos.
Por ocasião de sua vinda, todos os homens ressuscitarão em seus corpos e prestarão contas de suas próprias obras.
Aqueles que praticaram o bem irão para a vida eterna; e aqueles que praticaram o mal obterão as chagas eternas.
Essa é a fé católica (universal), a qual pode salvar o homem. Basta que ele creia nela fiel e firmemente.
Fonte: Teu Ministério / Teologia Calvinista